Competição de estudantes de engenharia foi realizada entre 30 de novembro e 3 de dezembro, no ECPA
As equipes paulistas V8 Racing Facens, da Faculdade de Engenharia de Sorocaba, e Unicamp E-racing, da Universidade Estadual de Campinas, venceram, respectivamente, nas categorias Combustão e Elétrica a 14ª Competição Fórmula SAE Brasil. Com duração de quatro dias, a competição foi encerrada neste domingo, 3 de dezembro, no ECPA (Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo), com a participação de 40 equipes, entre 65 inscritas.
Na Categoria Combustão, a segunda colocada foi a equipe argentina ITBA Competición, do Instituto Tecnológico de Buenos Aires (ITBA), seguida pela equipe mineira Fórmula Cefast, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG).
Já na Categoria Elétrica, a vice-liderança ficou para a equipe paulista B'Energy Racing, da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens). O terceiro lugar foi para a equipe paulista Fórmula FEI Elétrico, do Centro Universitário da FEI.
Com o resultado, a equipe V8 Racing Facens ganhou o direito de representar o Brasil na Formula SAE Michigan, entre 9 e 12 de maio de 2018. As equipes Unicamp E-racing e Fórmula Cefast poderão participar da Formula SAE Lincoln, em Nebraska, de 20 a 23 de junho de 2018. As duas competições são realizadas pela SAE International, nos Estados Unidos, onde participam equipes de diversos países e o Brasil tem conquistado ótimas colocações entre os Top Ten.
O Comitê Técnico também homenageou as melhores equipes por prova:
Categoria Combustão:
Projeto – equipe EESC-USP, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP).
Apresentação – equipe ITBA Competición, do Instituto Tecnológico de Buenos Aires (ITBA).
Custo e manufatura – equipe EESC-USP, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo.
Aceleração – equipe Fórmula Cefast, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) – (percorreu 75 metros em 4,052 segundos).
Skid-Pad (teste de aceleração lateral do veículo) – equipe EESC-USP, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo.
Autocross – equipe Fórmula Cefast, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) – (percorreu 1 volta em 66,59 segundos).
Enduro – equipe V8 Racing Facens, da Faculdade de Engenharia de Sorocaba – (completou 22 voltas em 28 minutos e 5 segundos).
Eficiência energética – equipe FEB Racing, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Categoria Elétrica:
Projeto – equipe Unicamp E-racing, da Universidade Estadual de Campinas.
Apresentação – equipe Cheetah E-Racing, da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
Custo e manufatura – equipe Minerva E-Racing, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Aceleração – equipe Unicamp E-racing, da Universidade Estadual de Campinas – (percorreu 75 metros em 3,764 segundos).
Skid-Pad (teste de aceleração lateral do veículo) – equipe Fórmula FEI Elétrico, do Centro Universitário da FEI.
Autocross – equipe Fórmula FEI Elétrico, do Centro Universitário da FEI – (percorreu 1 volta em 69,4 segundos).
Enduro – equipe Unicamp E-racing, da Universidade Estadual de Campinas – (completou 22 voltas em 30 minutos e 18 segundos).
Foram quatro dias de provas estáticas e dinâmicas aplicadas por mais de 70 juízes, todos engenheiros da indústria da mobilidade, no autódromo do ECPA, que atraiu um público de mais de 2.000 pessoas.
Tecnologias – Entre as inovações apresentadas pelos carros da Categoria Combustão, o Comitê Técnico observou o uso de sensores de temperatura infravermelhos, que possuem como principais vantagens maior velocidade e maior precisão nas medições em relação aos sensores padrões, chamados resistivos. Outra inovação foi o desenvolvimento de aros em fibra de carbono, que apresentam como principal vantagem a redução de peso: são 50% mais leves que os de alumínio.
Na Categoria Elétrica, uma das inovações foi o uso de CVT acoplado a motor elétrico, cujo objetivo foi aliar a rotação de maior eficiência do motor elétrico e variar a velocidade com o CVT. Outra novidade foi a fabricação de banco de baterias com sistema de refrigeração, que direciona o ar para o motor e o acumulador, com a finalidade de evitar o aquecimento da bateria, que gera perda de eficiência. Houve, ainda, o uso de dois motores elétricos, considerada uma configuração complexa.
“Os programas estudantis da SAE BRASIL motivam os jovens à carreira de engenharia e lançam desafios encontrados na prática profissional que levam muito além do conhecimento acadêmico adquirido na sala de aula”, analisa Mauro Correia, presidente da SAE Brasil.